Como a Logística Afeta os Lucros
O termo logística nasceu no exército para descrever as atividades de
apoiar tropas com os suprimentos essenciais para uma campanha militar de sucesso. Somente
nos últimos vinte anos tornou-se lugar comum nas indústrias e no comércio.
Agora, devido aos desenvolvimentos da tecnologia da informação durante a última década
e às necessidades de satisfazer as demandas cada vez maiores do cliente, a logística
tornou-se reconhecida como uma área de grande oportunidade. Em determinados setores,
notadamente na distribuição e no varejo, as empresas não podem ignorar a importância
da logística em relação à lucratividade. É imperativo fornecer serviço ao cliente e
que não seja superado por ninguém, e satisfazer totalmente às necessidades de escolha
do produto, entrega em tempo e disponibilidade de estoques a um preço competitivo. Não
somente a lucratividade, mas também a sobrevivência da empresa depende destas questões.
Para a maioria, a definição mais amplamente utilizada da logística é "obter os
produtos certos, no lugar certo, no momento certo, ao menor custo".
Quando nos referimos ao menor custo queremos dizer que devemos minimizar todas as
atividades da logística que não agregam valor logo, são um mal necessário. Na
realidade, é uma função de valor agregado, pois é uma parte da cadeia de abastecimento
total. A logística engloba o fluxo de materiais, produtos e informações na cadeia e
inclui todas as funções, desde suprimentos de matérias-primas através da produção,
montagem, armazenagem e processamento de pedidos do cliente, até as
"ligações" da entrega ao atacadista, representantes, canal de vendas do varejo
e, então, ao cliente. A logística é, então, relevante em todos os estágios da
produção e fornecimento de um produto, de uma fonte de matéria-prima ao cliente. Além
das suas principais funções no gerenciamento do inventário, transporte e armazenagem,
faz interface com o projeto e desenvolvimento de produtos, vendas, marketing, tecnologia
da informação, recursos humanos e serviços.
Uma das principais funções da logística é aquela de explorar os "trade-offs"
para minimizar os custos e maximizar a lucratividade da empresa. Estes
"trade-offs" incluem o balanceamento do número de armazéns que mantêm estoque
e depósito sem estoques necessários para servir a uma rede de clientes, levando em
consideração custos das propriedades, mão-de-obra e movimentação versus:
Daí testar a sensibilidade e a flexibilidade de sistemas alternativos
para as mudanças nos custos do combustível, despesas com juros, taxas de mão-de-obra,
etc., até as mudanças potenciais na legislação.
Na avaliação dos "trade-offs", atenção precisa ser dada aos conceitos-chaves
do gerenciamento dos canais, a saber, quanto valor está sendo agregado e quanto custo.
Cada vez mais as empresas estão buscando estratégias logísticas globais, com as
instalações de manufatura, montagem e distribuição localizadas em diferentes países,
com a necessidade de considerar modos alternativos de transportes (marítimo, aéreo,
ferroviário, rodoviário, etc.) e com estoques em cada nível na cadeia para assegurar
níveis adequados de serviço e produção eficiente por toda a cadeia.
A tecnologia da informação é a principal força motriz na busca de melhorias de
lucratividade no campo da logística.
Fornecer as informações certas no momento certo para tomar a decisão certa pelo motivo
certo e, portanto, melhorar os lucros é fundamental. Cada vez mais as
informações estão sendo substituídas pelo inventário.
Os inventários podem ser reduzidos pela utilização de ligações EDI
Intercâmbio Eletrônico de Dados entre clientes e fornecedores e não envolvendo apenas
as funções de vendas e compras, mas, também, as logísticas.
Os clientes, notadamente no comércio (supermercados, por exemplo), cada vez mais buscam
entregas em quantidades menores e mais freqüentes em seus centros de distribuição, não
somente para reduzir inventários, mas desfrutar os benefícios que isto pode trazer em
termos de necessidades do espaço reduzido no armazém (através das entregas Just-in-Time
e cross-docking), produtos mais frescos, vida mais longa dos produtos na
prateleira e menos potencial de obsolescência dos produtos de alta tecnologia e produtos
da moda.
As alianças estratégicas entre clientes e seus distribuidores, transportadores,
asseguram a maximização tanto do serviço ao cliente quanto do potencial de lucro.
Reinaldo A. Moura
Diretor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br
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